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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Hoje vamos falar de gigantes

...
Gigante pela própria natureza
És belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza
...

Não, pera. Não é esse gigante, são Monstros Gigantes =D

É isso aí vamos falar de umas criaturas bem simpáticas e dóceis ^^ E nada mais justo do que começarmos com o Rei dos Monstros:


Godzilla


Nota 1: Ele é um Tokusatsu, sim jovem gafanhoto, pode acreditar. Ele entra na divisão Kaijuu.

Kaijuu significa “Bestas Estranhas” (alguém já viu uma besta normal?), “Animal Incomum”, mas normalmente costuma ser traduzido como “Monstro Gigante”.

Opa, espera aí, se é gigante, porque não é da divisão Kyodai? Ah jovem gafanhoto, está atento hein, estou gostando de ver. Kyodai são heróis gigantes, como por exemplo, Spectreman, já Kaijuu, os protagonistas são monstros gigantes, como por exemplo, Godzilla ou King Kong. No Japão, também entram nessa categoria personagens do folclore e criaturas como Lobisomem, Vampiro, Frankenstein, Múmia e Zumbis.

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No ano de 1945, testes nucleares no Oceano Pacífico despertaram ou criaram um “dinossauro” mutante, com 50 metros de altura, capaz de expelir chamas nucleares / raios, que acaba arrasando Tóquio antes de ser detido pelos militares.

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Nota 2: O nome original dele era Gojira, daí algumas vezes isto ser pronunciado

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O filme teve história original de Shigueru Kayama, roteiro de Takeo Murata e Inoshiro Honda. A direção ficou com o próprio Honda (falecido em 1993). O visual deste ser amável, além dos efeitos especiais ficaram a cargo de Eiji Tsuburaya (o criador de Ultraman e Ultraseven - falecido em 1970). A música tema foi composta pelo maestro Akira Ifukube.

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Nota 3: Naquela época, as lembranças das bombas americanas no final da segunda guerra mundial ainda atormentavam os japoneses. Nesse clima de medo da guerra nuclear, o filme de Godzilla estreou em 3 de Novembro de 1954 e foi um sucesso estrondoso.

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Em 1956, esse clássico em preto e branco foi lançado nos EUA com o título “Godzilla o rei dos Monstros”. Nessa versão, foram acrescentadas cenas com o ator americano Raymon Burr. Com isso, o roteiro original foi alterado, mostrando um valente repórter que não tem medo de encarar Godzilla, ao contrário dos japas.

Sucesso no mundo todo, Godzilla, teve várias continuações no cinema japonês, sempre com produção da Toho Filmes.

Em 1962, o monstro enfrentou seu rival King Kong em outro clássico da dupla Inoshiro Honda e Eiji Tsuburaya. Nessa luta, os produtores tiveram que aumentar o tamanho do King Kong, de treze para cinqüenta metros.

Godzilla começou como um “vilão”, ta não é bem vilão porque ele é um animal, normal ele andar e destruir tudo, nós fazemos isso quando pisamos em formigueiro, por exemplo. Porém no decorrer de sua franquia ele foi pouco a pouco se tornando herói, ficando bonzinho. Nesse estágio, chegou até a aparecer como convidado especial na série de TV Zone Fighter (produzida pela Toho em 1973).

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Nota 4: Zone Fighter é tipo Ultraman.

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Ainda na década de 70, Godzilla ganhou um desenho produzido pela Hanna-Barbera (com 13 episódios) e uma série em quadrinhos pela Marvel Comics.

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Nota 5: Há mais ou menos uns 10 anos, quando lançaram o “Marvel Mangaverso” aqui no Brasil, fizeram o Hulk ser o Godzilla e os vingadores juntaram os veículos formando o megazord, no caso era vingador de ferro ou vingador dourado, senão me engano.

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Em 1984, o diretor Koji Hashimoto, o roteirista Shuiti Nagahara e o produtor Tomoyuki Tanaka (presente desde o primeiro filme), se uniram para refilmar a história. Agora com 100 metros de altura e mais poderoso do que nunca, Godzilla, foi novamente apresentado.

Posteriormente fizeram o filme Godzilla Contra Biollante, com roteiro e direção de Kazuki Omori, apresentando a personagem Miki Saegussa (interpretada pela atriz e cantora Megumi odaka), uma garota sensitiva. A partir daí ela passa a aparecer em todos os filmes do mesmo.

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Nota 6: Em Godzilla vs King Ghidra, aparece o personagem Ryuzo Dobashi, o veterano Capitão Muramatsu da série do primeiro Ultraman.

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Nota 7: O departamento de efeitos sonoros testou diversos rugidos de animais para o Godzilla, mas nenhum se encaixava em um animal tão grande. Akira Ifukube inventou o rugido de Godzilla usando uma luva de couro áspera revestida de resina que passava ao longo das cordas de um contrabaixo, gravando o som que ecoava.

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Nota 8: Tem um episódio dos Simpsons que homenageia a clássica luta de Gozilla contra King Kong, nele Maggie vê Homer e Marge na forma de King Homer (King Kong) e Mãezilla (Godzilla).

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Nota 9: Além do desenho “Godzilla: Hora Poderosa” da Hanna-Barbera também teve um desenho da Adelaide Productions chamado “Godzilla A Série”

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Nota 10: A roupa original do Godzilla pesava 91 quilos e media 1,98 metros. Era comum que o suor do ator que ficava dentro da roupa do monstro enchesse um copo de água ao final das gravações.

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Nota 11: Na época de seu lançamento, Godzilla foi o filme japonês mais caro a ser produzido, e quase faliu o estúdio responsável.

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Nota 12: Assim como Kamen Rider, o simpatiquinho aí é dividido por eras: Showa (que vai até 1975), Hensei que vai até 1995 e Millenium que vai até o fim.

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Nota 13: Godzilla lutou contra um pouco mais de 25 monstros diferentes. Até Batman chegou a ser cotado para batalhar contra ele, mas não o fizeram porque nem super-heróis conseguiriam derrotar o Rei dos Monstros. 

Véi, se o Batman não consegue vencer então ninguém consegue, FIM! 

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Listagem de filme:

Godzilla (1954)
Godzilla Ataca Novamente (1955)
Godzilla, o Monstro do Mar (1956) – filme americano
Godzilla Ataca Novamente (1959) – filme americano
King Kong vs Godzilla (1962)
King Kong vs. Godzilla (1963) – filme americano
Godzilla Contra a Ilha Sagrada (1964)
Três monstros Gigantes, a Maior Batalha da Terra (1964)
A Guerra dos Monstros (1965)
Ebirah, Terror dos Abismos (1966)
O Filho de Godzilla (1967)
O Despertar dos Monstros (1968)
Vingança de Godzilla (1969)
Godzilla vs Hedorh (1971)
Godzilla vs Gigan (1972)
Godzilla vs Megalon (1972)
Godzilla vs Mechagodzilla (1974)
Terror de Mechagodzilla (1975)
Godzilla (1984)
Godzilla (1985) – filme americano
Godzilla vs Biollante (1989)
Godzilla vs King Guidorah (1991)
Godzilla vs Mothra (1992)
Godzilla vs Mechagodzilla (1993)
Godzilla vs Space Godzilla (1994)
Godzilla vs Destoroyah (1995)
Godzilla (1998) – filme americano
Godzilla 2000 (1999)
Godzilla vs Megaguirus (2000)
Godzilla, Mothra, Ghidorah: Ataque total dos Monstros Gigantes (2001)
Godzilla vs Mechagodzilla (2002)
Godzilla: Tóquio SOS (2003)
Godzilla: Guerra Final (2004)
Godzilla (2014) – filme americano
Shin Godzilla (2016)
Godzilla: Planeta dos Monstros (2017)
Godzilla: Cidade no Limiar da Batalha (2018)
Godzilla: Parte 3 (2018)



Momento fofo:

Filho do Godzilla:






Gamera


Godzilla, mais especificamente o sucesso de seu filme, inspirou a criação de outros nessa linha, e este é um deles, o mais criativo e simpático, a tartaruga gigante.

O filme foi lançado em 1966, pelo estúdio Daiei Pictures, apresentado como um monstro pré-histórico que desperta em pleno século 20, Gamera mede 80 metros e pesa 80 toneladas. Era capaz de cuspir chamas e podia voar (recolhendo suas pernas e cauda para dentro da carapaça, saindo jatos dos orifícios das pernas). Outra maneira de voar era recolher todas suas partes (leia-se cabeça, cauda e membros) para dentro da carapaça e dos buracos projetava jatos, voando, dessa maneira, semelhante a um disco voador (girando).

Gamera, em sua estréia, enfrentou o super dinossauro Barugon. Filme com roteiro de Niissan Takahashi e direção de Noriaki Yuassa (principal diretor da série Ultraman em 1980).

Como já era de se supor o filme fez sucesso e é claro, teve continuação e depois outra, outra..., no total foram 7 filmes (o último é um resumo dos outros 6) em sua primeira fase.

Assim como Godzilla, Gamera começou como um monstrengo, mal e tal, mas depois foi ficando bom, se tornando até amigo da criançada, tendo sua fase heróica.

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Nota 1: Até aí em cima Gamera fazia parte da era Showa, e a partir de 1994 passou a fazer parte da era Heisei.

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Em 1994, a Daiei voltou com novo filme, com roteiro de Kazunori Ito e direção de Shunsuke Kaneko. Nele uma nova origem foi apresentada, agora com 80 metros e pesando 120 toneladas, Gamera era a criação do antigo povo do continente Atlântida para destruir o demônio alado Gyaos.

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Nota 2: Neste filme os efeitos especiais melhoraram muito.

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Nota 3: Ayako Fujitani, a filha do Steven Steagal, trabalhou neste filme.

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Esta era teve 3 filmes e aí Gamera entrou na era Millenium, neste era teve apenas um filme (que eu saiba).

Nesta era n a história, existe o norte, sul, leste e oeste, ok. Gamera era apenas o guardião Norte, o que mostra é claro que ele tem mais 3 rivais.

Nota 4: No episódio 4 de Jaspion, há o monstro Gaios. Creio eu, que seja uma referência a Gamora, ou pelo menos foi usado como base. O monstro é uma “tartaruga”, tem casco, voa, vive no magma, solta fogo da boca.

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Listagem de filmes:

Gamera - O monstro gigante (1965)
Gamera vs. Barugon (1966)
Gamera vs. Gyaos (1967)
Gamera vs. Viras (1968)
Gamera vs. Guiron (1969)
Gamera vs Jiger (1970)
Gamera vs Zigra (1971)
Gamera - O monstro espacial (1980)
Gamera 1: A guardiã do universo (1995)
Gamera 2: O ataque da legião (1996)
Gamera 3: A revanche de Íris (1999)
Gamera - O bravo (2006)





Pulgasari


Este é mais um filme feito após o sucesso do Godzilla, e saquem só na história.

É um filme norte coreano, feito 1985, dirigido por Shin Sang-ok. Naquela época Godzilla era tanto sucesso que agentes da Coréia seqüestraram Shin (quando este viajou para Hong Kong para investigar o desaparecimento de sua ex-mulher), a mando de Kim Jong-il (filho do presidente Kim Il-sing). Sem pressão nenhuma :P

A história do filme, na Coreia feudal, o soberano, que é odiado por todos, fica sabendo de uma revolta que está sendo planejada. Ele confisca todas as ferramentas e panelas do povo para que possa fazer armas e reprimir o exército popular. Após ele devolver as propriedades às pessoas, um ferreiro é preso e morre de fome. Sua última criação foi a pequena figura monstruosa: Pulgasari. Ele se assemelha a um Godzilla e se alimenta de ferro. O sangue da filha do ferreiro dá vida à criatura, que luta pelos pobres e tenta derrubar a monarquia corrupta no país.


É isso. Até a próxima :) 

sábado, 1 de setembro de 2018

01/09 - Estréia Cavaleiros do Zodíaco


Hoje é 01 de Setembro. E esta data não poderia passar em branco, porque foi neste dia, em 1994, que estreou Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) na extinta Rede Manchete!

É verdade que CDZ não foi o primeiro anime a ser exibido aqui no Brasil, talvez por isso o motivo de tantas dúvidas quanto ao seu sucesso, mas felizmente o inesperado aconteceu e CDZ deu um “boom” \o/

Vamos ao como tudo começou: A Bandai (fabricante de brinquedos) tem represente ao mundo afora e aqui no Brasil era a Samtoy e foi ela que resolveu investir no anime por essas terras tupiniquins.

A Rede Manchete já era conhecida pela sua programação japa e o anime fazia sucesso em outros países, pensando nisso a Samtoy juntou o útil ao agradável e procurou a emissora.

Eduardo Miranda (não é meu parente :P), diretor da programação, assistiu e de começo achou o desenho violento para ir ao ar. Felizmente continuou assistindo e entendeu a verdadeira mensagem.

Como a Manchete já estava em crise financeira Eduardo resolveu apostar e inserir na programação, até porque o acordo foi ótimo, não tinha nada perder.

A Samtoy ofereceu os primeiros 52 episódios de graça, a única coisa que tinham que fazer era exibir os comerciais da empresa, referente aos bonecos. Quem seria a mula que não aceitaria, não é mesmo? :P

Como era de costume nos anos 90, uma parte do público infanto-juvenil estudava de manhã e a outra parte de tarde, e por isso a programação também era dividida em duas. Tinham programas na parte da manhã e na parte da tarde. E então com CDZ foi a mesma coisa, os horários de exibição eram às 10:30h, no programa Dudalegria (com Duda Little), e às 18:30h no programa Clube da Criança (com Pat Beijo).

Como falei mais acima a série deu um “boom” e CDZ virou assunto nas escolas, nos grupos da rua (sim, antigamente as crianças ficavam na rua brincando, jogando futebol, vôlei, etc...). E o horário de exibição, principalmente o da tarde que conseguia mesclar os dois públicos, era considerado sagrado.

Com essa “febre” aconteceu o esperado, coisas, coisas e mais coisas sobre CDZ. Roupas, material escolar, jogos, adesivos, revistas (quem não lembra da revista Herói e suas derivadas :) ), material de colorir, álbuns, doces, entre outras coisas e é claro os bonecos.

Ahhhh os bonecos, sonho de consumo de todos na época....

Apesar de tudo, as coisas aconteceram muito rápidas, o sucesso foi tão rápido e gigantesco que ninguém previu e o lote de bonecos não supria. Centenas e centenas eram vendidos e ainda havia fila de espera. Acontecia até leilões dos bonecos e isso em uma época sem internet.

Beleza, passou o Natal e chegamos a 1995. A Manchete foi e comprou mais episódios, óbvio. Também criaram e lançaram trilhas sonoras tocadas a partir destes episódios.

Larissa e Willian foram os cantores das mesmas. Os discos, CDs e fitas k-7 vendiam consideravelmente e a música principal era tocada até nas rádios. Com tanto sucesso a dupla passou a ir em vários programas de TV. Quando o álbum bateu as vendas de 1 milhão de cópias a dupla ganhou os prêmios Discos de Ouro, Platina e Platina Dupla.

E no mesmo ano estreia no cinema o filme “Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda dos Defensores de Atena” e só na primeira semana mais de 300 mil pessoas foram assistir.

Assim foi sua estreia =D



Não podemos deixar de notar que o Brasil de hoje só é assim graças ao anime Cavaleiros do Zodíaco. Sim, o anime mudou o Brasil. Foi graças a ele que um novo setor foi criado e firmado, o de “cultura pop”.

Hoje muitos tem e tiveram seus empregos, seu sustento, com revistas, brinquedos, outros animes, eventos, etc... Imagina se não tivesse esta área aqui? O que seria? Mais pessoas desempregadas? Os outros setores mais lotados? Mais mão-de-obra e menos remuneração?

Depois da estreia de CDZ vieram outros animes e até tokusatsu, lembrados até hoje com carinho e nostalgia por quem viveu naquela época. E é fato que com a internet e também com novas leis de censura muita coisa deixou de ser trazida, mas ainda podemos ver alguns animes. O que temos hoje também é uma grande quantidade de publicações de mangás, de diversas editoras. Vários gêneros e temas. E nada disso aconteceria se não fosse por ele.

CDZ não é apenas um desenho clichê de bem vs mal, ele ensinou sobre religiões, mitologias, história, lendas, geografia, física, astronomia, medicina, incentivou a leitura e escrita entre outras coisas. Também trata de amizade e superação, e estes dois temas se encaixam muito bem no tema “cosmo”. Vocês sabem o que é o cosmo?

Como explicado na obra: “o cosmo é um pequeno universo dentro de nós, ele pode ser tão forte quanto você quiser, pode ser infinito”. E o que a amizade tem a ver com isso? Ora, a força da amizade pode ser tão forte quanto você quiser, os laços de amigos-irmãos, pode ser tão forte que não há limites, pode ser infinita, igual o cosmo.




Segue abaixo a 1ª abertura "Os Guardiões do Universo" (versão HD refeita pelo fã Gustavo Remor Moritz)