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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Filme - Adão Negro

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CONTÉM SPOILERS

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Ai ai essa DC...

Esse filme mostra a mesma coisa: atiram para todo lado, sem coesão nenhuma. Não sabem qual caminho seguir.

É um filme ruim, que te chama de burro do começo ao pós créditos.

E isso não pode acontecer. Se é um filme solo, ok, releva. Se é um filme aleatório, ok, releva. Se é um filme com baixo orçamento, ok, releva.

Mas esse filme é o oposto de tudo isso. É um filme com alto investimento, de uma bilionário empresa, com várias equipes de profissionais envolvidas e que faz parte de um universo compartilhado.

Portanto isso não pode acontecer. Um filme ruim, preguiçoso e que te insulta do começo ao fim não tem que ter passada de pano.

Vamos começar com Adão Negro. Toda criação do personagem e plano de fundo que tem no gibi foi descartada.

A DC ainda não aprendeu a fazer um universo compartilhado e coeso. Adão Negro se passa dentro do mesmo universo, mas parece que não é.

Lançam séries, Coringa, Batman, tudo universo solto. Ao invés de aproveitarem e consolidarem.

Adão Negro é o vilão do Shazam. Só que no filme não linkaram nada com ele.

É o mesmo mago, mesmo uniforme, mesmo poderes. E nada.

E o roteiro? Preguiçoso demais... Isso foi ofensa do começo ao fim.


01 - Coroa

Aquela coroa, simplesmente jogada na história só pra terem algum motivo, mas anda é falado dela. Porque todo mundo quer ela? Se desde início tivessem dito que era pra libertar o demônio, daria sentido a tudo aquilo e um tom de urgência.

Mas não, todo mundo querendo a coroa sem nem sabermos o porque, até o final.

E onde a coroa estava heim?! Por 5 mil anos ela estava ali. E por quase 3 décadas o exército invasor estava a sua procura.

Mas aonde ela estava? Ali no templo, a céu aberto. Ah vá né. Nenhum historiador, arqueólogo, exército, ninguém, pensou em procurar no templo? Por 5 mil anos?

Para achar essa grande, perigosa e cobiçada relíquia foi preciso:

- Irem de carro até o templo. Uma estrada boa, pavimentada, de fácil acesso.

- Entrar no templo, caminha rum pouco.

- Achar a coroa flutuando, com o teto aberto

- A pessoa saltar e pegar

Por favor, né?! Que preguiça do caramba. E é tudo coisa fácil de resolver. Por exemplo:

Entra no templo, por ela ser uma historiadora ela descobre algo que os outros não haviam descoberto. Uma passagem secreta, com textos antigos.

A coroa estava la só flutuando, sem armadilhas, enigmas, proteção, nada. Era só ter colocado alguma coisa.


02 - Exército invasor

No começo ok, depois ficou no filme só para ter barriga mesmo.

Estavam atrás do raro minério. Vimos que o mesmo era capaz de ferir o Adão Negro. E eles já utilizavam ele com as motos e mísseis.

Podiam ter armas energizadas com ele, para aí sim serem uma ameaça ao Adão.

Toda aquela parte que ele podia ser ferido foi jogada no lixo. Foi uma cena morta ali mesmo, só para poder criar um gancho dele sendo socorrido pela família e fazer amizade.


03 - Sociedade da Justiça

Foi bem inserido. Aqui segue o clichê dos gibis, que herói quando encontra herói eles brigam até se entenderem.

Mas, mesmo eles bem inseridos tem seus defeitos.

Bom, primeiro não faz sentido eles serem convocados. Amanda Waller queria uma equipe para conter o Adão Negro, porque não chamar o Esquadrão Suicidada.

E se o Super Homem deve um favor à ela porque não chamar ele ou a Liga da Justiça.

Ela chamou uma equipe que nem existia, foi formada na hora.

Fizeram isso só para jogarem personagens la.

E convenhamos, nada mais disso é novidade. Se não é novidade então você tem que fazer bem feito. Porque a Marvel e DC são bem parecidas, então a comparação é inevitável.

Você fazer algo que já não é mais inédito não tem problema, desde que seja bem feito, surpreenda.

O Gavião Negro é um herói negro com asas. Alô, Falcão, da Marvel?

O Esmaga Átomo fica gigante e herdou o traje do seu tio. Alô, Homem Formiga, da Marvel?

O Senhor Destino tanto em aparência off (com aquele cabelo e cavanhaque) quanto em poderes de espelho e multiplicação. Alô, Dr. Estranho, da Marvel?

Sem falar que o Senhor Destino possui conhecimento de mais de um século, é um sábio. E ele simplesmente chega e fala "renda-se ou morra" só para Adão Negro poder soltar uma frase de efeito. Por favor, que vergonha alheia.

A Ciclone foi tão tanto faz que nem tenho o que falar.

Eles são parecidos com personagens da Marvel já apresentados. Por isso não é mais nenhuma novidade. E isso não tem problema nenhum, desde que não sejam simplesmente jogados ali do nada só para o roteiro seguir.

Tira a Ciclone e o Esmaga Átomo do filme e não muda absolutamente nada.

Não da pra abordar muita coisa de tantos personagens num único filme, mas pelo menos um pouco de plano de fundo. É simples.


04 - A criança "amiga"

Isso de usar um sidekick, principalmente uma criança, é tão anos 30 à 60. Já era chato naquela época, agora então, em 2022, pelo amor né?! Que coisa chata.

O problema não é ter um parceiro mirim ou alguém para fazer um vínculo, o problema é quando isso é usado em excesso. E foi o que aconteceu, toda cena aquele moleque aparece. As vezes até cortavam cenas de ação, que poderiam ser ótima, só pro moleque ter alguma aparição.

Uma quebra de narrativa desnecessária.

Esse moleque podia ser tão bem aproveitado, mas não...

O Adão Negro acaba ouvindo ele, criando vínculo e até se redimindo. Não tem lógica ter todo aquele contato com um desconhecido. O que poderiam ter feito era aquele menino lembrar o filho do Adão, ou em aparência, ou em jeito, ou até no modo de pensar e repetir alguma citação.

Aí sim Adão podia começar a criar vínculo, segui-lo e se redimir.


05 - Sabbac

Também não serve pra nada. Sua aparição é tão rápida que nem da tempo de ver visual, poderes, nada.

Ele está lá só pra ser um fodão e ter que libertar Adão negro para ele se redimir lutando e assim passar de vilão para anti herói e posteriormente para herói.

Só que ele já havia se redimido anteriormente quando decidiu abandonar os poderes e se entregar.

Então é um personagem desnecessário, que só aparece no final. Ainda se fosse no decorrer do filme, podia ser melhor encaixado na história.

Como disse, ele só foi feito para ser alguém que a Sociedade da Justiça não conseguisse ganhar e assim libertar Adão Negro. Só que aí tem mais um erro, Senhor Destino pensar apenas no Adão para enfrentá-lo.

Senhor Destino é um herói então obviamente ele conhece outros heróis. Como se isso não bastasse ele tem o elmo de Nabu, com grande conhecimento. É um sábio.

Então ele poderia chamar outros para enfrentar Sabbac, o Super-Homem, o Shazam, A Liga da Justiça...

Mas não, tinha que ser somente aquele que estava preso, para dar gancho.


06 - Pós créditos

Outra coisa sem pé e nem cabeça. Foi feito só pra reapresentar o ator de volta no papel do Super Homem.

Porque coesão no roteiro ali não há nenhuma.

Vamos analisar um todo. Amanda diz que agora Kahndaq é a prisão do Adão Negro, se ele saísse iria ter conseqüências.

Só que ele não saiu de lá e não tem intenção de sair. Ele deixou claro que se tornou o protetor de lá. Um herói.

Então mandar alguém ali pra bater de frente com ele não tem lógica. Ainda mais o Super Homem que é um escoteiro. Ele não vai sair brigando com qualquer um só porque a Amanda mandou.

O que poderiam ter feito era algo do tipo aquele minério raro é essencial para os Estados Unidos, precisam dele, querer continuar extraindo e o Adão não deixar. Aí sim teria um conflito de interesse e poderia ter um herói contra outro.

E se fosse pra mandar alguém lá teria que ser o Shazam. Isso sim seria ótimo.


07 - Conclusão

Quem fez esse filme é mais preguiçoso do que quem desenhou a bandeira do Japão.

O filme é tão ruim e fraco que a parte que o pessoal mais comenta e se empolgou foi da volta do ator ao interpretar o Super Homem. Não é nem a volta do personagem, e sim do ator.

A DC é burra, ela não sabe fazer um universo compartilhado e coeso.

A Marvel pode lançar o pior filme do mundo e ainda sim ele será rentável, porque o povo vai assistir seja por gostar ou por obrigação, já que faz parte de todo um universo compartilhado e o que acontece nele interfere no resto.

Isso a DC tem que aprender a fazer. Parar de ficar atirando pra todo lado e gastando cartucho soltando filmes e série solo. Só fazer um universo compartilhado.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Anime - Dragon Quest: Dai no Daibouken

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CONTÉM SPOILERS

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Pensa numa obra prima carregada de nostalgia.

É quase unânime que todos conhecem a música "...Fly Fly Fly um pouco de mago e muito de herói..." Isso nos lembra as manhãs no SBT, nossa infância.

Remake de Fly, dos anos 90. Só que dessa vez foi a série completa.

Assistir ao desenho nos faz imergir em um rpg. Temos todos os elementos ali. Grupo, função de cada um, evolução, armas, técnicas, lugares, etc.

Os personagens são cativantes, bem construídos. E percebemos que nada está ali por estar, tudo tem sua importância e conexão, nem que seja mínima.

A história não é maçante, é dinâmica e evolui. Quando você pensa que é "só aquilo", se surpreende com uma reviravolta.

A qualidade da animação é alta. Bem superior à desenhos mundialmente famosos.

Filme - Lobisomem na Noite

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CONTÉM SPOILERS

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Isso pra mim é um filme, tem mais de uma hora, mas chamam de especial. Então pelo jeito esse é o terceiro pilar do UCM. Já temos filmes, séries, e agora especiais.

E isso funcionou bem. Para este personagem. Porque aqui claramente foi com baixo orçamento, mas com a proposta de homenagear filmes antigos então fui sificiente.

Agora com o especial de Natal dos Guardiões da Galáxia, que necessita de CGI, é preocupante.

Enfim, vamos a este.

Lobisomem já foi um personagem famoso da Marvel. Naquela época essas criaturas tipo Lobisomens, vampiros, frankensteins, entre outros, eram sucesso.

Então ele tinha um título só dele, inclusive a primeira aparição do Cavaleiro da Lua foi contra ele, como se fosse um de seus vilões.

Mas, para esse personagem fizeram certo. Fazer um filme de cinema gastaria muito e com certeza não renderia. Fazer uma série seria maçante. Então um especial onde apresenta 3 importantes personagens e mais um universo no UCM. O submundo, o universo de monstros e criaturas.

A proposta era fazer homenageando os filmes clássicos do gênero. E souberam fazer. Todo o cenário, o roteiro, sua aparência era maquiagem ao invés de CGI, a trilha sonora, a sua transformação. Tudo isso foi clássico.

E apesar do especial ser uma coisa mais simples e rasa, ele tem suas camadas. Basicamente são caçadores de monstros, que caçam e matam os monstros, justamente por serem monstros e matarem inocentes.

Em teoria todos esses caçadores são heróis. Mas não é bem assim.

Vários deles possuem aparência monstruosa mas ainda sim possuem consciência e por isso escolhem lados, toma decisões. Outros são vitimas de maldições ou experimentos e por isso sofrem transformações.

Então não é só preto e branco, tem tons de cinza no meio disso. Não se deve julgar só pela aparência.

É um bom filme, digamos que é uma ótima sessão da tarde. E está tudo bem, porque a proposta era essa.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Chaves Um Tributo Musical

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CONTÉM SPOILERS

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"Não gostaria de fazer um terremoto comigo?"

Comecei com essa piada do seriado porque é justamente isso que essa peça é, um terremoto de emoções.

Uma peça de teatro. Um musical. E "não é só qualquer coisa", é um baita de um elenco. Todos talentosos. Um grupo coeso, entrosado.

Não são os atores originais do seriado por isso é óbvio que fisionomia, vestimenta e vozes não são 100% iguais, mas "agrada a quem olhar".

A fisionomia deles representa bem. O figurino, também. E os tons de voz, idem.

Nós vemos algumas músicas do seriado. Uma aula do professor Girafales. Um acontecimento na vila.

Na verdade, estar ali, assistindo, é se sentir no Festival da Boa Vizinhança.

Os atores fazem a quebra da quarta parede e envolve o público, onde o mesmo passa a se sentir um personagem a mais.

Para quem é fã de Chaves e/ou Chespirito, vai se emocionar, porque realmente puxa pra esse lado.

Emociona.

Nos da saudade.

Faz parecer que ele morreu no dia anterior que está assistindo e que é uma despedida.

No decorrer do início - meio - fim a peça mescla homenagem, uma linda mensagem, humor, homenagem, uma linda mensagem.

A peça começa com Roberto chegando no céu dos palhaços, sem saber que havia morrido. E tendo que provar que ele era um palhaço para conseguir entrar lá.

E aí voltam como anjos, em momentos da vila, onde a história vai acontecendo.

No decorrer de tudo isso há diversas informações sobre Roberto, onde nasceu, empregos, etc. Afinal é uma homenagem.

Explica sobre a vila. Sobre sua criação, o Chaves. Nos faz ter visões diferentes da obra, será que ele foi cruel criando esses personagens? Será que não? Ele se arrepende? O que o Chaves sente e pensa?

É uma peça linda, que valeu cada centavo. Porém não é uma peça para crianças.

Ela tem a duração de aproximadamente 3 horas, com intervalo de 15 min. E como disse, não é só humor e palhaçada, tem os momentos mais sérios, reflexivos e "parados".

Claro, com exceções, as crianças não gostam disso. Elas se cansam, querem ir embora, fazem barulhos, etc.

Não é nem um espetáculo para adulto no geral. Na verdade é um espetáculo para quem é fã. Tem muita coisa ali dos seriados e dos livros.

Quem tiver condições de ir, vá. É uma ótima experiência.

Está no teatro Frei Caneca, no Shopping Frei Caneca, na rua Frei Caneca (cale-se cale-se cale-se senão me deixa louco).

Mesmo não comprando ingresso pode entrar la no salão da bilheteria e lanchonete e la tem um mural com informações de Roberto, e um barril do Chaves para entrar e tirar foto. E isso é de graça. Creio eu.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Série - Cavaleiro da Lua

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CONTÉM SPOILERS

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É uma série meio sei lá...

A série não é ruim. Mas como gosto muito do personagem no gibi e mudaram algumas coisas, então pra mim não ficou uma série boa...

E o problema não é mudar coisas do gibi para o live action, o problema é mudar simplesmente por mudar, jogar tudo ali e não fazer sentido.

Vou explicar meu ponto de vista

A primeira aparição do personagem foi como inimigo do Lobisomem (esse mesmo que ganhou especial de Dia das Bruxas). Daí a primeira coisa do nome, Cavaleiro da Lua, justamente para fazer analogia ao Lobisomem.

Personagem fez sucesso então foi ganhando destaque, plano de fundo, origem, etc...

Então no gibi ele é tipo um Batman. É um personagem rico, mais para o lado porradeiro, que faz seu uniforme, armas e veículos.

Só que uma de suas coisas mais importantes é a relação com a lua. Daí seu nome Cavaleiro da Lua. Seu poder aumenta e diminui de acordo com as fases da lua, na lua cheia seu poder está no máximo, nas outras seu poder diminui,  por aí vai.

Na série mudaram isso. Ele não é rico e não faz armas ou veículos. Ele tem bastante poderes e recursos. Inclusive seu próprio traje é um poder. Até aí, ok.

Só que nada foi relacionado ele com a lua. Ele não aumenta ou diminui seus poderes com as fases dela. Ou seja, não tem relação nenhuma.

Poderia se chamar qualquer coisa, que tanto faz. Essa é uma mudança que falei que fizeram simplesmente por fazer, sem nexo nenhum e jogaram lá e pronto.

Outra coisa que achei ruim foi parecer que a série é uma coisa a parte. Fizeram ela sem conexão com o UCM, então tipo tanto faz também, porque basicamente não teve influência nenhuma e nem influenciou nada.

Faltou conexão do personagem com a lua e faltou conexão da série com o UCM.

Uma coisa boa da série é que ela introduz uma nova mitologia no UCM, novos deuses. Fugindo um pouco de só Asgard, por causa do Thor.

Então é uma nova cultura, nova mitologia, novo cenário.

Outra coisa que achei ótima foi o "rosto" dessa série.

O personagem é esquizofrênico, ou seja, tem múltiplas personalidades. Por isso a série  parece confusa. E nem ele próprio sabe disso.

Só que a série em si alterna a narrativa dos episódios. Um episódio é mais claro, mais leve, mais de um jeito. Daí já no outro episódio é tudo diferente, parece até que nem é continuação.

E isso parece que a série é esquizofrênica. Assim como seu personagem, cada episódio tem uma personalidade e vai alternando. Por isso vemos episódios bem diferentes.

Então esse design, esse rosto, para a série, foi uma boa sacada.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Série - Mulher Hulk

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CONTÉM SPOILERS

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Aquele meme da net: Homem Aranha feliz com a legenda "fãs da Marvel com o fim de She-Hulk"

Poucas coisas são tão reais quanto isso. Puta série ruim. Uma verdadeira porcaria.

A série tinha tudo para fugir dos clichês e do básico de super-heróis e não aproveitou.

Basicamente temos uma personagem que poderiam aproveitar para o lado super herói em lutas. Ou aproveitar para o outro lado, jurídico e conseqüências. O que renderia muita coisa boa.

Mas não foi uma coisa nem outra, foi tudo jogado ali, perdido. Uma série monótona.

Vamos começar falando dos gibis, já que é derivado deles. Lá ela é uma advogada íntegra, que defende a justiça mesmo sendo ameaçada de morte.

E foi assim que ganhou seus poderes, por ir contra um chefão do crime ela foi baleada e foi preciso uma transfusão de sangue do Bruce, aí ela virou Mulher Hulk.

Também no gibi muitos dos seus arcos são como advogada e trabalham muito bem nisso, mostra vários pontos interessantes sobre escolhas, conseqüências, etc, na comunidade super heróica. Muita coisa que te lança os dois lados mas não da uma definição, uma resposta. Gera debates.

E, um "E" bem maiúsculo, é que a maioria dos personagens Marvel não estão lá por estar. Eles representam algo.

A Mulher Hulk tem muita representação. Resumidamente falando ela se achava estranha, esquisita, feia, incapaz, entre outras coisas semelhantes.

Depois ela vai se descobrindo e se aceitando. Ela percebe, aceita e supera. Ela passa a entender e a conquistar coisas.

Ela entende que ela pode ser diferente, mas isso não a define. Como qualquer pessoa ela pode se arrumar, ser linda, ser inteligente, estudar, se formar, trabalhar, conquistar, lutar e vencer. Ela é capacitada como qualquer pessoa.

E isso é uma representatividade. É uma mensagem.

Na série não, não teve nada disso.

A origem dela foi banal. Todo o plano de fundo da personagem de integridade, corajosa e lutadora foi jogado pelo ralo.

Se a série puxasse mais para o lado de lutas, afinal ela é uma Hulk, seria apenas mais do mesmo. Então não fizeram isso.

Poderiam puxar mais para o lado da advocacia, que seria ótimo, e também não fizeram.

Teve dois ou três casinhos de lutinhas apenas. E dois ou três casinhos jurídicos apenas.

Tudo tão simples e jogado lá no meio que tanto faz.

A Titânia é sua arqui-inimiga e foi só jogada ali. Sem personalidade, sem motivação. Do jeito que apareceu sumiu, sem mais nem menos.

A Gangue da Demolição idem.

O Tratado de Sokovia, uma coisa importante no UCM, foi revogado e ninguém sabe o porque. Simplesmente informação jogada lá no meio.

O ápice da série era quando aparecia algum convidado, tipo o Demolidor. Ou até mesmo alguma citação.

Pra ver como a série era fraca, maçante e com humor sem graça.

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Filme - Godzilla vs King Kong (1962)

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CONTÉM SPOILERS

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Aqui são dois ícones que se encontram e brigam. Somos acostumados com isso e o final é sempre o mesmo, não há vencedor. Algum herói vs algum herói e sempre termina em empate ou a luta é interrompida.

Então vamos lá. O filme aconteceu por acaso. A idéia era do responsável pelo King Kong fazer ele vs outro monstro e a idéia foi recusada contra vários.

Até que cruzou o mundo, chegou no Japão e decidiram fazer contra Godzilla.

Então o primeiro ponto é entender que a idéia de seriedade do primeiro filme foi abandonada propositalmente. Ainda sim tem sua seriedade, mas passaram a focar mais em "humor" e em briga de monstro, que era o que atraía a atenção na época.

O segundo ponto é que existem dois jeitos de aproveitar o filme. O primeiro é se você tiver assistido o primeiro filme do Kong em 1933 e os dois primeiros do Godzilla de 1954/55 sua experiência vai ser melhor. Porque tem bastante elemento e referência de lá.

O outro jeito é não ter assistido esses, apenas esse. Vai entender mesma coisa, vai se divertir mesma coisa.

O terceiro ponto é saber e entender que são duas culturas, uma parceria, e por isso o filme tem duas narrativas diferentes. Como se uma parte tivesse sido escrita pelo Japão e a outra pelo E.U.A..

Então pela cronologia do Godzilla, aqui começa de onde o último filme parou, ele acabou descongelado. Encontram uma ilha fora do mapa, a Ilha do Faro, onde Kong vive. Acabam trazendo ele para o Japão.

Claro que tudo é explicado no filme, o jeito que fazem para adormecê-lo, o motivo de trazerem, etc...

E como todos sabem King Kong não tem motivos para brigar com Godzilla e muito menos chances de vencer, então deram algumas modificadas nisso.

Aqui King Kong possui inteligência enquanto Godzilla é apenas força bruta e por isso inimigos naturais.

Kong apanha, perde, mas o que ajeitaram foi que Godzilla é fraco contra eletricidade, enquanto que Kong absorve ela e fica mais forte. Por isso vive numa ilha cheia de raios.

E com isso a luta se torna equilibrada. Porém sem vencedor, e não final não sabemos o que houve.

No geral é um bom filme. Apresenta mais dois monstros na franquia Godzilla, o King Kong e o Oodaki (polvo gigante). O objetivo é entreter e isso foi feito.