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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Análise - Filme Space Jam: Um Novo Legado

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CONTÉM SPOILERS

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Pensa em um filme ótimo. Maravilhoso. Supimpa.

Se eu não assistisse no cinema eu iria me arrepender.

Falando de modo simples ele é igual ao anterior. Claro que a diferença entre eles é a época. Agora tem muito mais tecnologia e investimento, por isso é normal ter melhores efeitos.

É uma continuação do anterior. Mas o anterior não interfere em nada.

É um filme família, um filme risada do começo ao fim. Tem muito mais diversão do que anterior. E claro não se deve procurar tanta lógica em desenho principalmente em Looney Tunes mas o filme sim segue uma linha coesa.

Senti sim a falta do Pepé Le Pew, mas isso porque eu sei o motivo dele não estar lá. Apenas por isso.

Na história mesmo ele e centenas de outros personagens ficaram de fora, portanto a sua ausência não seria um erro.

No filme anterior o foco era apenas o mundo Looney Tunes e por isso haviam jogadores escalados que não eram principais personagens. E centenas de outros na platéia.

Neste filme aqui é todo universo Warner Bros. Ou seja milhares de personagens.

Uma parte da história é viajarem em diversos mundos recrutando os personagens chaves dos Looney Tunes para completar o time. Ou seja, quem não foi escalado eles não foram atrás.

Então você pode imaginar (se quiser) que o Pepe não foi escalado e estava lá na platéia com as centenas dos outros Looney Tunes e diversos outros.

Você vai ver vários easter-eggs durante o filme, como a capa do filme anterior, a música. O ator Michael B. Jordan aparecendo rápido igual o Bill Murray.

O monstro azul se encurvando para falar com o Piu Piu.

E por aí vai.

O filme é recheado de personagens da Hanna Barbera, os filmes clássicos e atuais, séries. Enfim, o universo WB. Para achar todos só assistindo com o pause.

O visual do filme é lindo.

E pode ser uma coisa da minha cabeça mas uma mensagem que eu entendi do filme:

É dito que os Looney Tunes são os esquecidos e serão deletados. Daí acontece deles serem os principais, de toda platéia, todo universo, conhecê-los e aplaudi-los. Eles salvam geral.

Mostrando que são os melhores. Que podem ser antigos mas estão em forma.

É bem a história deles mesmo, quando foram criados, as brigas judiciais, e o "esquecimento".

Não sei se tentaram passar essa mensagem mas entendi isso e gostei muito.

Assistam!

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Análise - Masters of the Universe: Revelation

Ou

Mestres do Universo: Salvando Etérnia

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CONTÉM SPOILERS

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Tanto faz qual seja o nome, ambos fazem sentido.

Apesar que pelo que da a entender da série, o original fará mais sentido pois se trata de revelações.

A série foi feita por Kevin Smith. O cara é um grande fã do universo He-Man, conhecendo tudo. E isso mostra a importância de deixar a criação na mão de um fã que realmente sabe o que faz ao invés de um qualquer que só se interessa em lucro.

Kevin teve e tem a quase impossível missão de fazer uma série que agrade aos fãs antigos (hoje já adultos e mais críticos) e ao mesmo tempo agradar novos fãs.

Ou seja ao mesmo tempo ele tem que manter a série em tons antigos e se reinventar, afinal o que não evolui não sobrevive.

Na minha humilde opinião os 5 primeiros episódios estão ótimos e só há dois jeitos de assistir essa série. O primeiro é conhecer todo universo He-Man (brinquedos, diversas séries e HQs) porque isso já esta sendo usado como base e será usado.

A outra maneira é não conhecer nada e simplesmente curtir. A própria série vai te explicando várias coisas.

A série sem o nome He-Man no título é proposital (óbvio), porque na original o personagem era tão forte que resolvia tudo sozinho, tirava o espaço dos outros. E o foco aqui não é apenas ele.

Nesses 5 episódios, Kevin soube dosar corretamente o nível de protagonismo entre os personagens. E apesar do He-Man passar os episódios morto em nenhum momento ele deixou de ter importância para a trama.

Vamos lá. Essa série atual é uma continuação direta da série clássica dos anos 80. E naquela época os desenhos tinham seu estilo, terminar do mesmo jeito, mesmas poses, ninguém morrer, sem sangue, "ser leve", entre outras coisas.

É uma outra época né. Não da pra assistirmos algo feito hoje e falar que é diferente dos anos 80. Isso é óbvio.

Depois dessa série foram lançados outras séries em desenhos e em HQs, tudo canônico, basicamente. E foram nessas que muita coisa foi explicada.

O universo He-Man e She-Ra (a Horda foi citada na série) é gigantesco. Então explorar as origens dos personagens e lugares, é comum. É o que a série está tentando fazer.

Vimos mais sobre alguns vilões. Sobre a Teela (que nas outras obras já foi revelado sobre seu pai, sua mãe, se destino), sobre Mentor, Maligna, Gorpo e até a própria Etérnia e o castelo.

Os ancestrais do He-Man, por exemplo, um deles foi o primeiro protótipo do boneco. Viu como conhecer o universo He-Man te torna a série melhor? E não conhecê-lo não prejudica em nada, até porque sobre a Teela vai ser revelado.

Sobre a Teela parecia o Chaves sempre que ele ia falar seu nome era interrompido. :P

Ao que muitos criticam sem entender mesmo é que o roteiro não é fraco e a Teela não é uma mimada. Naquele momento de apenas ela não saber depois de ter se dedicado tanto, dedicado sua vida, ela se sentiu traída pelas pessoas mais próximas. Se sentiu carta fora do baralho.

Aquela amiga dela não é uma namorada (ta, se fosse dane-se), ela é uma personagem desde a série antiga. A Teela estava magoada com todos e consigo mesma, estava brava também. Ela ter sido a escolhida para a missão é porque ela tem um destino já revelado em séries anteriores.

Então não é um desenho da Teela. Ela teve o cargo de líder e principal desses 5 primeiros episódios. Não foi da série foi dos 5 primeiros episódios. Como será no futuro, ainda não saberemos, mas não podemos crucificar uma série por causa disso.

Toda aquela equipe doída que jamais imaginaríamos tem um propósito. Cada um ali tem seu motivo e objetivo.

Enfim creio que essa série promete ser bem coerente e surpreendente. Nos revelar muito sobre os personagens e o mundo.

Sem sombra de dúvidas eu gostei e recomendo.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Análise - Série: Batwoman (1ª Temporada)

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CONTÉM SPOILERS

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Gostei da temporada.

Um ponto legal, que achei, foi a série se passar no mesmo universo da trilogia do Batman Cavaleiro das Trevas. Tá, nada disso foi mencionado oficialmente mas falam várias vezes sobre o seqüestro do trem, o Espantalho, o motivo do Coringa não ter mais aparecido (afinal quando soltaram o Arkhan lá no filme o Coringa não estava), o motivo do Bruce não estar mais lá afinal no fim da trilogia ele tirou umas férias...

É mais uma das séries do Arrowverso. E como tal ela se estende demais. São tantos episódios que é inevitável ter enrolação no meio.

Foram praticamente 20 episódios com Alice sendo capturada e escapando ou estando a beira da morte e se salvando. Não é que não podia ter coisas assim, mas fazer isso diversas vezes se torna repetitivo.

É o universo do Batman e por isso é ambiente noturno, mas isso não é desculpa para várias cenas serem um breu. Muito escuro, várias cenas de luta nem aparecem, é só sons ou uma sombra ao fundo, não se vê movimentos, golpes, nada.

A Kate em modo civil não foi explorada, ela não aparece na cidade, é basicamente só em 2 ou 3 cenários de sempre. A batcaverna pouco explorada.

A temporada terminou com nada resolvido.

Uma coisa que gostei muito foi o episódio 10. Tem o 11 também mas ele é só a conclusão, o principal é o 10.

No episódio foi dito com todas as letras aquilo que sempre falo. Falaram de modo claro, sem deixar subentendido, ou indiretas, foi em alto e em bom som.

Nesse episódio mostrou a importância da representatividade, a importância dela ser lésbica, a falta que isso faz. E foi dito também que apenas os menos importantes que se assumem e por isso não resolve, não representa.

Isso é porque tanto a Marvel quanto a DC ficam com esse negócio de representatividade apenas da boca pra fora. São uns bundões.

Eles colocam como representatividade apenas personagens B ou C, que ninguém se importa. Pegam o que é homem e transformam em mulher ou o branco e transformam em negro ou hétero e transformam em gay, mas só os porcarias.

Eles não tem coragem e nem a capacidade de criar bons personagens representativos e colocar como principais. No gibi é só pegar lápis e fazer. Mas são incompetentes e não conseguem criar e fazer o povo pegar gosto, mais fácil pegar o que existe mudar do nada e pronto.

Em filme e série mesma coisa, os principais permanecem iguais, bem característicos. Os modificados são os B ou C.

E tudo isso é dito de forma clara, coesa e educada (não igual eu aí :P ) no episódio.

O próprio episódio é uma crítica a todo universo de super herói. Seja HQ, seja filme, seja série, seja o que for. Todo o universo.

A série representa bem esse lado. Mostra o que um gay passa ou sofre por se assumir ou não se assumir. De um instante para o outro não ser mais capacitado para aquele cargo e/ou função, ou rejeitado pela família. Ou se afogar em sua própria prisão por não poder ser quem realmente é. Enfim, aborda bem.

Poderia abordar mais se deixasse menos enrolação repetitiva com a vilã e mostrasse mais a Kate vivendo sua vida civil.

Iria abandonar o Arrowverso mas agora a segunda temporada vale uma espiada :)

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Análise - Filme: Viúva Negra

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CONTÉM SPOILERS

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Um filme em que ela não é negra, nem viúva e muito menos aranha :P Ta ta parei.


Devo começar dizendo que o filme não é ruim mas também não é bom.

Se fosse na época de filmes de origem, lá pela fase 1 ou fase 2 seria melhor mas lançado agora, com todo esse atraso, perde um pouco o sal.

Claro que o filme serve para conhecer um pouco mais sobre a personagem mas ao mesmo tempo o filme a torna inútil.

É impossível assistir esse filme e não lembrar do filme Capitão América 2: Soldado Invernal. Porque é a mesma fórmula.

- Ela conseguiu escapar enquanto sua amiga (ou psudo-irmã) não consegue e sofre "lavagem cerebral"

- Depois se encontram

- Lutam

- Tira a lavagem cerebral

- Se unem contra o vilão / organização que fiz isso com elas

- Tem luta

- A base é um "heliporto" (ficando no céu, obviamente)

- Motor destroçado e cai

- Bla bla bla. Capitão América e Soldado Invernal!

Nas HQs quase todo mundo tem algum tipo de poder, já em live action, ou seja, em filmes e séries, a Marvel optou por fazer muitas coisas tecnológicas. E não é só o universo canônico, os derivados também como por exemplo temos o Rino (no filme do HA), o Cascável ma série do Luke Cage, etc...

E com a Natasha, Viúva Nega, não foi diferente. No gibi ela é uma personagem de destaque porque ela possui um super soro. E por isso ele tem força, reflexos, resistência, agilidade, etc tudo isso aí, aprimorados.

Aqui no UCM ela não tem nada disso, é uma pessoa comum com treinamento. Apenas isso.

E o filme, resumindo, mostra que existem outras centenas iguais a ela espalhadas pelo globo. Ou seja, ela é irrelevante. É uma personagem substituível.

Claro que a Marvel está providenciando a troca dos personagens, passando o manto. Mas é de um personagem parta outro único, merecedor. A Natasha tem centenas de "cópias". Claro que vão escolher a principal e tal, mas basicamente é uma humana treinada igual as outras.

O vilão Treinador, ou aqui no caso, a Treinadora, totalmente desperdiçado.

Transformaram em mulher. Esse famoso clichê de basicamente em filme ou série mulher enfrenta mulher. Só por isso que trocaram, não há mais motivo.

No gibi ele é igual o filme, ou seja, ele copia e aprende todos os movimentos e golpes dos adversários. Isso faz dele praticamente invencível.

No filme ele é "robô", não tem objetivo, sem sentimento, nem nada. Mal aparece. Personagem sem sal.

Aqui ele copia os Vingadores e por isso já deixa claro que a Natasha, que é uma humana sem força nem nada, jamais poderia vencer ou manter uma luta. Afinal ela já havia sido copiada iguais aos outros heróis.

Se ela não havia sido copiada ainda então é mais um furo de roteiro.

Se fosse igual na HQ, que ela tivesse o super soro, aí sim poderia haver chance de vitória porque ela teria todos os atributos aprimorados. Mas do jeito que ela é no UCM ela não duraria 2 minutos.

A despedida dela do UCM com esse filme foi trágica. Seria bem melhor ter deixado a despedida dela em Vingadores Ultimato, com seu sacrifício. Seria bem mais dramático e heróico. Teríamos uma outra imagem dela.

Enfim, vale a pena ser assistido para conhecer um pouco mais sobre a personagem. Nada além disso.

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Análise - Filme: The Spirit

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CONTÉM SPOILERS

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Ai ai esse Frank Miller, viu... * meme do pica pau passando pano *

Não conheço todas as HQs desse personagem, ele na verdade é muito antigo, por isso pode ser que eu me equivoque em algo que tenha acontecido antigamente e eu não saiba ou que tenha acontecido recentemente (ou mais certo até o ano do lançamento do filme).

Bom vamos lá, o filme é ruim. Bota ruim nisso.

Um filme de um herói de HQ foi transformado em um pastelão. Uma comédia pastelona a cada minuto que se torna cansativa.

Os pontos positivos é que tem um bom visual semelhante aos filmes Sin City. E um bom elenco atuando como Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Eva Mendes, entre outros.

Mas nem isso conseguiu salvar o filme que chegou a me dar sono.

O filme em si não aborda nada, nenhuma questão da sociedade, nada para debater ou pensar. É aquele humor desenho animado como quebrar uma privada na cabeça e ficar preso dentro dela ou cair uma bigorna (no caso aqui símbolo político) na cabeça...

Até onde sei na HQ o vilão Octopus nunca mostrou o rosto, aqui o Miller quis dar um rosto a ele. O Samuel L. Jackson. E o pior de tudo, fez o vilão nazista ser negro. Tipo né...

Se vai inventar de dar um rosto a ele então um pouco mais de coerência...

E é isso, não tem o que falar. Cenas ruins, coreografias e brigas ruins, frases de efeito pra lá e pra cá, e sei lá mais o que.

Foi uma péssima adaptação que não tem nem o que defender e nem o que estender aqui na crítica / análise.

É uma pena.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Análise - Filme: A Guerra do Amanhã

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CONTÉM SPOILERS

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Olha, o filme é bom, muito bom mesmo.

Cada década tem sua geração de filmes e a maioria deles tem os clichês da época, e este não é diferente.

Tem os clichês da atualidade.

- O principal salvando o mundo e o amigo como alívio cômico sendo falador ou atrapalhado.

- Ter uma equipe e só sobreviver justamente as pessoas que ele precisa no final.

- Acontecer de tudo pra acabar com o inimigo mas o vilão principal sempre escapar.

- O cara do governo ficar de teimosia e não ajudar e por isso decidirem fazer sozinhos.

Entre outras coisas

Mas nada disso estraga o filme.

O título nos mostra duas coisas uma delas é que é sobre o futuro e por isso tem viagem no tempo.

E toda essa viagem no tempo não é nada chato que te prende com milhares de explicações e teorias científicas. É objetivo porque o foco é a guerra, a ação.

A viagem no tempo não tem isso de criar outra realidade e bla bla bla. É simples.

- As pessoas não podem existir no mesmo tempo, então vai ao futuro quem já está morto lá e vai ao passado quem ainda não nasceu.

- Ir ao futuro conseguirem as informações e material necessário, voltar ao passado, impedir a guerra e mudar o futuro.

Pronto, simples.

O filme é bem estilo Tropas Estelares. Por isso se você não gostou daquele estilo de filme também não gostará desse.

É uma "invasão" alienígena, semelhantes a insetos, que caçam os seres vivos e fazem ninhos expandindo o território. Tem a rainha, precisam ser capturados e estudados...

Claro que pela época atual o designer, o cenário, os efeitos especiais, são bem melhores. Mas ainda sim é o mesmo estilo.

Como disse, o filme não tenta explicar o inexplicável. Quem são os alienígenas? Porque vieram pra Terra? Foi acidente? Vai criar uma nova linha temporal?

Nada disso se preocupam porque é a realidade, se isso acontecesse na vida real não teria como sabermos. Então eles simplesmente seguem.

"há alienígenas invadindo e matando e precisamos matar eles, fim" basicamente isso. Mas não é um filme ogro de só guerra, tiros e sem conteúdo.

O filme termina de uma maneira que pode ser os dois jeitos.

- Se for sucesso e quiser fazer continuação tem brecha pra isso. (algum aliem escapou  procriou, ou mais dos aliens "caçadores" aparecem...)

- Se não quiserem continuar o filme por si só se encerra sem brecha nenhuma. (todos os aliens foram mortos, os aliens "caçadores" eram apenas eles por isso mesmo depois de séculos não veio mais nenhuma nave...)

Enfim, eu recomendo assistirem porque eu gostei bastante.


quinta-feira, 1 de julho de 2021

Análise - Filme: O Sombra

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CONTÉM SPOILERS

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Da metade dos anos 80 e anos 90 houveram muitos filmes baseados em HQs. Sim, senhoras e senhoras, bem antes desse universo compartilhado Marvel e DC.

Alguns foram bons, outros medianos e outros ruins.

Devemos lembrar que era uma outra época. Sem CGI, sem muita tecnologia, sem muito investimento, e sem toda essa cobrança que temos hoje da perfeição.

Por isso não se pode pegar um filme daquela época e comparar com os de hoje. São épocas diferentes e exigências diferentes.

Nessa época tinham que buscar atores parecidos com os personagens. Não é que nem hoje que consegue ganhar massa muscular fácil ou mudar o cabelo ou aplicar CGI no rosto, etc... 

A série do Hulk deixa isso claro.

Então isso já é ponto negativo porque nem todo ator é bom, mas é parecido, então tem que ser ele. Basicamente isso. Falando do geral daquela época.

Mas só pra deixar claro, não é o caso aqui. O filme teve um bom elenco.

E também é claro que como de costume os filmes daquela época eram padronizados em clichês. Este não é diferente, você vai ver muitos clichês dos anos 90.

Esse filme é simplista. Basicamente nele o que tem é “sou vilão e quero dominar o mundo / sou herói e vou salvar o mundo”.

Nada aqui é explicado, não há origens. Não se sabe quem é o alter ego do Sombra e nem como foi seu treinamento e nem suas motivações. Simplesmente pulam isso.

O vilão também, aparece na cidade quero conquistar tudo. Vou armar uma bomba para explodir (anos 90 era só isso).

E aí vai os clichês, tudo coincidentemente o herói conhece uma garota, o vilão seqüestra o pai da garota, o herói e vilão se cruzam, a bomba vai explodir cortam fio errado e o tempo diminui ai nos segundos finais cortam o fio certo...

Os visuais são bonitos, até porque ao simples de fazer. Tema te bastante de efeito de poderes para um filme daquele e isso é bom.

É evidente que qualquer coisa criada é comparada à Marvel e/ou DC. “já vi isso em algum lugar”, “parece os personagem tal”.

E com o Sombra é a mesma coisa. Não da pra evitar ver semelhanças com o Batman. Ele é um vigilante noturno, se esconde nas sombras. Acham que ele é uma lenda e os bandidos tem medo dele.

Com o uniforme fica metade do rosto descoberto. Encontra uma garota com poderes meio rebelde e depois ficam juntos igual com a mulher gato. Ao invés de Batmóvel anda com seu próprio taxi (claro que é disfarce). Tem um amigo de bom cargo na polícia.

Tem uma “Batcaverna”. É rico. Tem ajudantes, seu fiel parceiro não é o mordomo mas sim o motorista do táxi. Seu inimigo teve o mesmo treinamento, mesmo mestre (tipo Batman e a Liga das Sombras), enfim, entenderam né...

MAS O Sombra foi criado antes do morcegão ai. Portanto se alguém ver e falar que é cópia mal feita do Batman, saibam que o Batman veio depois...


Em todo caso se quiserem assistir eu recomendo. Ele não é ruim mas é da época onde era mais simplista. Desligue a mente do universo de filmes atual e assista para se divertir.

Lembrando que são quase duas horas de filme com roteiro simples de “bem vs mal / herói vs vilão” e clichês.

Porém as coreografias, cenários, o jeito de deixar retro, uma boa direção e bons atores. Tudo isso sem descaracterizar o personagem principal dos quadrinhos, torna o filme bom.