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CONTÉM SPOILERS
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Mais um filme do Rei dos Monstros. E olha que faze boa.
Esse é o último filme da Era Hesei, que começou em 1985 até 1995, descartando todos os filmes da era anterior (Showa) com exceção do primeiro (1954) e do segundo (1955)
Esse filme continua a história, desde do que aconteceu em 1954 ainda está repercutindo até o dias atuais. Mostrando como o descaso ao nosso planeta e a radiotividade podem ser um caso complicado. Problemas se arrastando por décadas e correndo risco de extinção.
Isso fica bem claro quando Godzilla, fruto de mutação de bomba atômica, sofre mais uma mutação, na verdade mais uma reação nuclear e fica mais forte, porém ele está morrendo. Ele está entrando em colapso e com sua explosão vai inflamar a atmosfera da Terra, acabar a vida, etc.
Então nessa parte nós temos a crítica de sempre
- Poluição ambiental.
- Desrespeito com o planeta
- Ganância
- Armas nucleares
- Guerras
Seguindo o filme o inimigo da vez é o Destroyer. Fruto da mutação do primeiro filme, em 1954. Quando o cientista inventor do Oxygen Destroyer libera no mar para matar o aquele Godzilla.
Esse Oxygen Destroyer foi um invento que poderia ser usado tanto para o bem, quanto para o mal. Extremamente destrutivo. Analogia a bomba atômica.
E no primeiro filme o cientista tem consciência, decide destruir seu projeto e se sacrifica liberando o que está produzido no mar, matando Godzilla.
Ok, altruísta. Porém essa liberação no mar acabou causando mutação em outras criaturas, que foram evoluindo e despertaram só nesse filme, quatro décadas depois.
Minilla, filho de Godzilla também está evoluído, aqui chamado de Júnior, é praticamente um adolescente e já consegue se virar sozinho.
Ambos passam a enfrentar Destroyer. Minilla remetendo mais ao Godzilla clássico e o Godzilla que conhecemos com brilho vermelho e rajadas atômicas vermelhas. Ficando mais forte conforme a temperatura aumenta e seu coração, um reator nuclear, super-aquece.
O filme em si é ótimo. Os efeitos especiais são bons. A ação é boa. A trilha sonora é maravilhosa. O filme traz um misto de tensão e diversão. Afinal quem é fã do monstrengo fica tenso por saber que ele vai morrer, mas a qual momento? E ao mesmo tempo adora ele porque quanto mais perto da morte, mais forte fica, devido a reação. Todo fã adorou ver sua rajada atômica vermelha, bem mais destrutiva.
Souberem construir um bom roteiro, amarrando desde o primeiro filme até esse. Sendo que no decorrer do filme os eventos vão se encaixando - mas sem deixar claro, causando expectativa – de quando será a morte do Rei dos Monstros, como será e o que acontecerá depois.
O filme te prende do começo ao fim, com o roteiro, dramatização, emoção, sentimento, nostalgia. A batalha final te deixa bem entretido e tenso (se perguntando acabou? É agora que morre? Putz?).
A cena da morte de Godzilla é realmente tensa. Da um misto de sentimento. Te deixa triste porque ele morre. O personagem que você já tem em sua vida, que acompanha por décadas. Mas ao mesmo tempo te da alegria por ser uma cena e história bem feitas, colocando um ponto final na história do personagem.
A luta final tem outra coisa que a deixa boa, você não tem para quem torcer. Falando como pessoa é claro, não como fã. Pois não importa quem vença. Qualquer um deles trará destruição para a Terra.
Isso é outra crítica, mostrando que não importa qual lado do mundo vença uma guerra nuclear, trará destruição ao planeta.
A franquia Godzilla não acabou aqui. Esse foi o fim de uma era no Japão e posteriormente começará outra. Afinal o Godzilla Júnior sobreviveu e dará continuidade. Ele já é o terceiro Godzilla, sendo que o primeiro morreu no primeiro filme, depois veio esse que morreu nesse filme e o filhote que sobreviveu.