Cá estamos nós, em 2018, mais uma copa do mundo e mais uma vez xingando a seleção :P . Quem olha hoje, em plena era digital, vê um grande recurso tecnológico. Câmeras em todo canto, chips em toda parte, árbitros de vídeo, replays dos lances dentro do campo, relógio que avisa se foi gol, etc.... Mas nem sempre foi assim, e consequentemente até mesmos as bolas começaram de um modo precário e passaram por várias transformações até chegarem nos dias de hoje. E nesse post vou mostrar a evolução delas.
Copa do Mundo 1930 - Uruguai
Bolas usadas: Tiento e Modelo- T
Tiento - Bola Argentina
Modelo-T - Bola Uruguaia
Sim, as duas bolas foram usadas
na final Uruguai X Argentina. Isso porque, na época, cada seleção tinha a sua
bola e os times disputavam para ver qual delas seria usada no jogo. A melhor
forma de resolver era usar o modelo de cada time em cada tempo da partida.
No jogo Uruguai X Argentina, a
bola argentina Tiento foi usada no primeiro tempo, enquanto a uruguaia Modelo-T
foi usada no segundo. A argentina era um pouco menor e mais leve, mas era
difícil perceber a diferença.
Bola
usada: Federale 102
No dia seguinte, após o título
italiano, Orsi tentou repetir o lance e não conseguiu fazer de novo.
Segundo os especialistas, a bola poderia ter ficado torta após o jogo da
final.
Copa do Mundo de 1938 - França
Bola usada: Allen
A Allen era uma bola muito
parecida com as das outras Copas, com 12 gomos. A única diferença era a
cor, porque o couro francês era mais escuro.
Capa do Mundo de 1950 - Brasil
Bola usada: Super Duplo–T
A Duplo-T era uma bola fabricada
no Brasil. Também possuía 12 gomos, mas o seu diferencial era uma câmara
inflada como as bolas modernas, com válvula para enchimento, dispensando, desta
forma, a costura externa.
Copa do Mundo de 1954 - Suíça
Bola usada: Swiss
WC Match Ball
A bola Swiss WC Match Ball se diferenciou das primeiras. Tinha 18 gomos e cor alaranjada. Foi a primeira bola a ter o padrão FIFA de qualidade, sendo mais leve, resistente à chuva e com tamanho mais próximo das bolas atuais. Este padrão rolou até 1966.
Copa do Mundo de 1958 - Suécia
Bola usada: Top Star
A Top Star tinha também 18 gomos e uma costura em zigue-zague.
Copa do Mundo de 1962 - Chile
Bola usada: Mr.
Crack
A Mr. Crack foi a primeira bola desenvolvida pela Adidas em uma Copa. Foi feita para o clima da América do Sul, mas era péssima para ser usada em dias de chuva, porque a água conseguia entrar e deixava muito pesada.
Copa do Mundo de 1966 - Inglaterra
A bola Slazenger Challenge 4-Star
foi fabricada por uma marca inglesa e possuía 24 gomos.
Copa do Mundo de 1970 - México
A famosa bola Telstar ajudou o Brasil a conquistar o tri. A Telstar possuía 32 gomos e era preta e branca. Após vários sorteios, a Adidas ficou responsável por produzir todas as bolas das Copas de 70 até os dias de hoje.
Copa do Mundo de 1974 - Alemanha
Bola usada: Telstar
Durlast
Telstar Durlast foi literalmente
a MESMA bola da Copa de 70.
Copa do Mundo de 1978 - Argentina
Bola usada: Tango
Com o nome da dança tradicional argentina, a Tango teve uma decoração que se repetiu durante cinco Copas.
Copa do Mundo de 1982 - Espanha
Bola usada: Tango España
Muito parecida com a bola
argentina de 78, a bola espanhola era resistente à água, além de ter sido a
última bola de couro das Copas.
Copa do Mundo de 1986 - México
A bola Azteca foi feita com um
material sintético e possuía uma decoração típica da civilização asteca.
Copa do Mundo de 1990 - Itália
A bola Etrusco Unico era mais
leve e resistente, com uma camada interna de espuma de poliuretano. O modelo
era uma Tango da arte “etrusca”. No desenho, são três leões decorando os vinte
triângulos típicos da Tango.
Copa do Mundo de 1994 - EUA
O significado da bola Questra era
"a busca para as estrelas". Foram feitas três versões da bola para
outros campeonatos: “Campeonato Europeu”; “Jogos Olímpicos” e “Campeonato
Espanhol”.
Copa do Mundo de 1998 - França
A “Tricolore” usada em 1998 foi a primeira bola colorida a
ser desenhada para a FIFA World Cup™. Sua tríade incorporando os símbolos da
nação anfitriã, a França – um galo, um trem em alta velocidade e uma turbina. A
bola era de um material sintético totalmente novo, moldada com ‘espuma
sintética’ que afirmavam dar melhor compressão e mais repiques, características
de suas antecessoras. A espuma era feita de microcélulas cheias de gás, que
distribuem energia igualmente quando a bola é chutada.
Copa do Mundo de 2002 - Coreia/Japão
A bola para a FIFA World Cup Korea/Japan™, conhecida como a
“Fevernova”, era o resultado de três anos de aperfeiçoamento na “Tricolore” no
centro de pesquisa da Adidas em Scheinfeld, no sul da Alemanha. O material
consiste em seis camadas ou revestimentos, começando com uma bexiga de látex natural
dentro, depois um tecido de malha Raschel com três camadas, a espuma sintática,
uma camada de poliuretano, uma impressão protegida com tinta Iriodin e,
finalmente, uma camada de poliuretano transparente resistente ao rasgo. O
desenho da tríade adidas se tornou, agora, duas tríades simples ampliadas, com
as setas para o sentido horário nas cores cinza, vermelha e dourada. O fundo
não era mais o branco puro tradicional, mas mais uma cor champanhe. Essa foi a
bola do Penta.
“Espírito de equipe” era o
significado da bola Teamgeist. Uma redonda literalmente impermeável e leve.
Está entre as top 3 das bolas mais bonitas do futebol.
Copa do Mundo de 2010 - África do Sul
A Jabulani, que significa
"comemorar" no idioma zulu. As 11 cores da Jabulani são uma homenagem
ao futebol e ao país da primeira Copa do Mundo da FIFA realizada no continente
africano.
Ranhuras de aderência: A Jabulani
introduziu importantes avanços em termos de tecnologia. As ranhuras de
aderência em círculos contornam toda a superfície da bola, possibilitando a
aerodinâmica ideal. Além disso, as ranhuras integradas garantem uma trajetória
sem igual, fazendo desta a bola adidas mais estável e precisa de todos os
tempos.
Costura reduzida, perfeição
máxima: Ao contrário dos moldes anteriores das bolas de futebol adidas,
constituídas por gomos planos, a Jabulani é formada por oito gomos em 3D unidos
termicamente e, pela primeira vez na história, os gomos foram moldados
esfericamente para dar à bola um formato perfeitamente cilíndrico, o que
garante uma precisão nunca antes alcançada.
Copa do Mundo de 2014 - Brasil
Significa brasileiro, é a bola da
adidas mais testada de todos os tempos. Em dois anos e meio, ela passou por
mais de 600 jogadores e ex-jogadores de primeira classe, como Iker Casillas,
Daniel Alves, Lionel Messi, Bastian Schweinsteiger e Zinedine Zidane, além de
30 equipes em dez países de três continentes. A brazuca também foi usada na
Copa do Mundo Sub-20 da FIFA deste ano, ainda que com um design diferente, e em
um amistoso entre Suécia e Argentina em fevereiro.
As cores e o design da brazuca simbolizam as tradicionais fitinhas multicoloridas utilizadas no país quando os brasileiros querem que um desejo se realize, além de refletir a vibração e a diversão do futebol pentacampeão do mundo. Ela tem uma inovação estrutural, com uma simetria única de seis painéis idênticos ao lado de uma diferente estrutura de superfície, proporcionando melhor aderência, toque, estabilidade e aerodinâmica no gramado.
Copa do Mundo de 2018 - Rússia
A primeira bola interativa das
Copas, contendo um chip interno. A tecnologia usada nele é a NFC (Near Field
Communication), que permite a comunicação com smartphones e tablets através de
um aplicativo.
Em 1962 a Nasa lançou um satélite
que seria usado nas transmissões da Copa de 1970. Seu nome era Telstar,
abreviação de Television Star (estrela da televisão, em inglês). Deste satélite
não nasceu apenas a inspiração para o nome da bola da Copa de 1970, ela foi modelo
também para o seu design.
A pintura em preto e branco
lembra o modelo de 1970, porém pequenos quadrados na pintura são os pixels que
representam a entrada da bola no mundo digital. Isso porque existe um chip
instalado nela que permite a interatividade através de um dispositivo.
Materiais modernos compõem as
quatro camadas da Telstar 18. A melhoria dos materiais ao longo dos anos
aumentou a estabilidade, a proteção e a durabilidade da bola.
Na camada externa os seis
gomos de plástico encaixados possuem uma textura que ajuda a dar estabilidade.
A selagem dos gomos com calor, que substituiu as costuras nas bolas da Copa
desde 2006, a deixa impermeável.
A camada de borracha é feita com
uma espuma especial, esta camada é responsável por manter a elasticidade da
bola, além de ajudar a proteger as camadas internas.
A camada de tecido de proteção é
a mais fina camada interna, ela fica ligada à câmara de ar para aumentar a
proteção e durabilidade dos materiais.
A câmara de ar é feita com quatro
painéis colados, ela mantém toda a unidade estrutural, podendo ter uma pressão
que varia de 0,8 a 1 BAR.
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