Pesquisar este blog

quarta-feira, 20 de julho de 2022

The Boys (3ª Temporada)

 

------------------------------

CONTÉM SPOILERS

------------------------------

Mano...

A temporada mantém o ótimo padrão da série.

Sou obrigado a fazer uma introdução antes de falar da temporada em si.

A obra é política. Os quadrinhos são dessa temática do começo ao fim, portanto a série segue o mesmo caminho. Claro que durante esse caminho vários temas são abordados.

 Eu que sempre fui leitor e colecionador de quadrinhos, desgostei desse título. No gibi foi uma série repetitiva e não tão aprofundada assim.

No gibi era só violência e putaria. Parecia que a cada página era obrigação ter alguma bizarrice para chocar. A "çuper çuruba" parece que foi feita por um adolescente bobão de 15 anos.

A série não. Ela mantém o padrão +18 mas não exagera. Inclusive muita coisa na série é diferente do gibi e ficou bem melhor assim.

 ------------------------------

Essa terceira temporada não teve um tema tão aprofundado, quanto a segunda, pelo menos eu não percebi. Essa temporada tem duas narrativas.

A primeira é que se trata de arcos. Arcos de cada personagem. Nós temos cada um dos rapazes, a Luz Estrela, Kimiko, e os Supers da equipe principal.

Nós podemos saber mais sobre eles. Nós vemos que são arcos diversos, alguns são de aceitação, alguns de escolhas, alguns de ir por um caminho e recomeçarem, alguns de encerramento e paz, alguns de percepção e conscientização, etc.

 

A segunda narrativa é a política, uma campanha eleitoral, uma disputa de candidatos e partidos.

Nós vemos aqui a mídia manipulando, ataque a mídia, fake news, grupos de extremistas, "candidatos" espalhando podre sobre o outro.

Nós vemos aqui como esse meio é sujo e como ninguém se salva nisso, pois ou você dança conforme a música ou é cortado (como foi o caso de uma jornalista lá com o Capitão Pátria).

Nós temos a cena onde o Capitão Pátria passou o tempo todo atacando a Luz Estrela, na mídia, ao invés de realmente discursar sobre aquilo que tinha ido fazer.

E nessa temporada temos o Soldier Boy, que como a Tempesta, foi maravilhosamente trabalhado.

Com Soldier Boy vs Capitão Pátria nós temos aí mais política.

A série nos mostra que somos obrigados a escolher um, o ruim ou o ruim. A expressão "dos males o menor" é o que é utilizado.

Nos mostra que numa eleição somos obrigados a escolher entre dois ruins e o fato de você escolher X ou Y não te torna melhor ou mais inteligente do que a outra pessoa.

São questões de escolhas entre o ruim e o ruim. Como o grupo escolheu atacar o Soldier Boy e a Rainha Maeve escolhe atacar o Pátria.

 

Mostra o extremismo dos candidatos e está tudo bem. Mostra grupos apoiadores e opositores, ambos extremos também.

Eles brigando e matando uns aos outros porque "o meu ruim é melhor do que o seu ruim". Atacando jornalistas.

Tanta coisa foi confessada e mostrada. Tanta crítica, corrupção e mortes e a população se faz de cega. Não conversa entre si. Tem medo de admitir que errou e pode mudar. Tem medo de mudar pensamentos.

 

Nós vemos um opositor extremista tacando uma garrafa no Pátria e acerta a criança. Posteriormente Pátria estoura a cabeça dele na frente da multidão toda.

E todo mundo ovaciona isso. Não tem conseqüência. O Fanatismo cego. Os grupos extremos.

E também mostra que por mais que seja extremo e errado isso conquista novos seguidores, novos apoiadores. O filho do Pátria deixa isso claro quando passa a aceitar e gostar do que vê.

Mostrando claramente que a politicagem influencia a nova geração. E que toda essa podridão também.

------------------------------

Sobre o futuro da série e realmente fiquei esperançoso. O final do gibi eu detesto, pra mim foi uma merda.

Essa temporada mostrou que pode ser diferente.

Vou torcer muito para o Black Noir ter morrido. E ao que parece o filho dele será o mais forte dos fortes e vão travar uma batalha mortal S2.

Nenhum comentário:

Postar um comentário