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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Análise - Série: Batwoman (1ª Temporada)

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CONTÉM SPOILERS

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Gostei da temporada.

Um ponto legal, que achei, foi a série se passar no mesmo universo da trilogia do Batman Cavaleiro das Trevas. Tá, nada disso foi mencionado oficialmente mas falam várias vezes sobre o seqüestro do trem, o Espantalho, o motivo do Coringa não ter mais aparecido (afinal quando soltaram o Arkhan lá no filme o Coringa não estava), o motivo do Bruce não estar mais lá afinal no fim da trilogia ele tirou umas férias...

É mais uma das séries do Arrowverso. E como tal ela se estende demais. São tantos episódios que é inevitável ter enrolação no meio.

Foram praticamente 20 episódios com Alice sendo capturada e escapando ou estando a beira da morte e se salvando. Não é que não podia ter coisas assim, mas fazer isso diversas vezes se torna repetitivo.

É o universo do Batman e por isso é ambiente noturno, mas isso não é desculpa para várias cenas serem um breu. Muito escuro, várias cenas de luta nem aparecem, é só sons ou uma sombra ao fundo, não se vê movimentos, golpes, nada.

A Kate em modo civil não foi explorada, ela não aparece na cidade, é basicamente só em 2 ou 3 cenários de sempre. A batcaverna pouco explorada.

A temporada terminou com nada resolvido.

Uma coisa que gostei muito foi o episódio 10. Tem o 11 também mas ele é só a conclusão, o principal é o 10.

No episódio foi dito com todas as letras aquilo que sempre falo. Falaram de modo claro, sem deixar subentendido, ou indiretas, foi em alto e em bom som.

Nesse episódio mostrou a importância da representatividade, a importância dela ser lésbica, a falta que isso faz. E foi dito também que apenas os menos importantes que se assumem e por isso não resolve, não representa.

Isso é porque tanto a Marvel quanto a DC ficam com esse negócio de representatividade apenas da boca pra fora. São uns bundões.

Eles colocam como representatividade apenas personagens B ou C, que ninguém se importa. Pegam o que é homem e transformam em mulher ou o branco e transformam em negro ou hétero e transformam em gay, mas só os porcarias.

Eles não tem coragem e nem a capacidade de criar bons personagens representativos e colocar como principais. No gibi é só pegar lápis e fazer. Mas são incompetentes e não conseguem criar e fazer o povo pegar gosto, mais fácil pegar o que existe mudar do nada e pronto.

Em filme e série mesma coisa, os principais permanecem iguais, bem característicos. Os modificados são os B ou C.

E tudo isso é dito de forma clara, coesa e educada (não igual eu aí :P ) no episódio.

O próprio episódio é uma crítica a todo universo de super herói. Seja HQ, seja filme, seja série, seja o que for. Todo o universo.

A série representa bem esse lado. Mostra o que um gay passa ou sofre por se assumir ou não se assumir. De um instante para o outro não ser mais capacitado para aquele cargo e/ou função, ou rejeitado pela família. Ou se afogar em sua própria prisão por não poder ser quem realmente é. Enfim, aborda bem.

Poderia abordar mais se deixasse menos enrolação repetitiva com a vilã e mostrasse mais a Kate vivendo sua vida civil.

Iria abandonar o Arrowverso mas agora a segunda temporada vale uma espiada :)

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